Você coloca no prato um pedaço grelhado de ausência e uma porção generosa de vazio. Sua boca é um deserto faminto de esperas. Nota pelas unhas quebradas que está envelhecendo rápido. A gaveta dos dias permanece vazia. O tempo caminha para o fim.
Não há nenhum eco para dividir a solidão mecânica e diária frente à TV. A casa e a língua estão vazias. O controle remoto da vida está sem bateria. Acabou outra temporada. Mais um ano e ninguém chegou. Você não teve coragem de partir.
Me identifiquei totalmente Simone. Mas como disse Guimarães, “é preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado”.
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Coisa boa te ler de novo. A escrita é analgésica. Beijos
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O pior perigo em uma viagem é não partir
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Que texto lindo adorei, muita verdade ai..
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bjuss
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